Mint, a distribuição Linux mais popular do momento
Tudo começou com a insatisfação de muitos com o novo Ubuntu. A interface Unity, de fato, não fez sucesso entre boa parte dos usuários, apesar de tornar a navegação mais fácil. Enquanto isso, no Mint, o Gnome foi mantido. Portanto, ganhou pontos com os fãs do Linux mais tradicional, que logo fizeram o download e se surpreenderam positivamente com o funcionamento da distro. Há até uma nova versão, chamada Gnome 3, no recém-lançado Mint 12, totalmente customizada com diversos scripts.
Além disso, os usuários do Windows também se acostumam mais rápido com o Mint, já que seu visual se assemelha bastante ao da versão mais recente do sistema operacional da Microsoft, o Windows 7. E não é só a isso. A versão 12 do Mint vem ainda com Linux Kernel 3.0, MozillaFirefox 7.0, Mozilla Thunderbird 7.0, Instalador de um clique para codecs multimídia e aplicativos extras, LibreOffice 3.4 e Gerenciador de logins LightDM.
Com tantos atrativos, ele logo caiu nas graças do público e, por isso, se tornou a distro mais visitada no DistroWatch. Nos últimos seis meses, o Mint conseguiu uma média de 2.199 acessos diários no site, enquanto o Ubuntu ficou em segundo, com 2.102. Entretanto, ainda não há relatos de que esta possa ser uma nova tendência para o futuro ou se apenas cresceu o número de pessoas testando o Mint após o seu “boom” na internet. Afinal, esta é uma das graças do Linux: o mundo de possibilidades que ele dá aos seus usuários.
Versões Ubuntu e Debian
O mais curioso é que o Mint nasceu do Ubuntu. Distribuição irlandesa do Linux, ele tem como principal característica manter os padrões do Linux ao invés de propor grandes revoluções na maneira de se navegar no sistema operacional. Criado para funcionar logo após a instalação, sem causar transtornos aos usuários, o Mint é semi-independente e tem na funcionalidade um grande atrativo.
A distro tem Flash Player, gerenciador de boot melhorado, temas gráficos e layout do desktop e do menu de inicialização exclusivos. Além disso, se diferencia do Ubuntu também no modo de instalação, já que encoraja que o usuário grave um CD/DVD com o software e só o instale após fazer toda uma limpeza no computador, ao invés de somente utilizar a atualização incremental.
E, para quem é ainda mais tradicional, existe também uma versão em Debian do Linux Mint. Levando-se em conta os codecs e plugins que já vêm instalados no sistema operacional, ela modifica pouca coisa da interface tradicional e, é claro, arrancou diversos elogios dos muitos fãs do projeto Debian.
Toque feminino
Lançado há apenas cinco anos, o Mint tem um detalhe curioso nos nomes de suas edições. Todas elas são homenagens a mulheres. Por exemplo, o Mint 12, mais recente lançamento, é o Lisa. O 9 ficou conhecido como Isadora, o 10 como Julia, enquanto o cinco, onde todo o furor em cima do software se iniciou, se chamava Elyssa.
Criado em 2005 e fazendo relativo sucesso desde 2008, o Mint tem justamente na praticidade e na multifuncionalidade feminina o seu grande atrativo. Sempre lançado para concorrer com o Ubuntu, ele aposta em plugins, codecs, suporte a leitura de DVDs, Java e muitos outros elementos, além, é claro, das opções de personalização gráficas exclusivas.
Não é somente no nome de suas versões que o Mint tem o conceito feminino, mas fazendo-se uma análise do seu funcionamento e da praticidade que ele proporciona, é fácil entender as razões para Julia, Elyssa, Lisa e companhia fazerem tanto sucesso com o público do Linux. Tanto para quem está começando ou para os usuários mais tradicionais.
Comentários